quarta-feira, 16 de maio de 2018

O graffiti, arte e inclusão social


O graffiti tornou-se uma das principais ferramentas na inclusão social, em especial juntos aos jovens nas favelas. Nesses territórios os artistas passaram expressar através da arte urbana parte das suas indignações ao que tange á realidade de abandono, reformulam e executam projetos nesses espaços propondo uma nova dinâmica inclusiva aos jovens alunos. Desta forma, contempla diretamente o tempo ocioso dos mesmos coibindo á imigração para a criminalidade. Enfim, não é novidade que no Estado do Paraná, das 399 cidades em 189 municípios, existem favelas o que representa 47,3% do montante total. São 217,2 mil pessoas, sendo que do total de favelas, 65,6% estão em Curitiba, que concentra 126 delas. São 162,6 mil pessoas. Esse triste registro numérico nos coloca na sexta posição entre os estados brasileiros que mais apresentam favelas, mocambos, palafitas ou similares, excetuando-se o Distrito Federal. E o graffiti passou a ser em muitas dessas favelas á única ação cultural inclusiva e na maioria subsidiada pelo próprio artista ou pelo terceiro setor. Contudo, não é novidade que as ditas políticas públicas não contemplam de forma nivelada e plausível todo o individuo, em especial os que moram em favelas ou periferias, pois, segundo dados á uma crescente em relação aos territórios e as demandas existentes.
No entanto, é de extrema importância á reestruturação das políticas públicas existentes. “E para isto devemos provocar constantemente ás autoridades para juntos refletirmos sobre á sustentabilidade econômica, segurança, saúde e educação nas favelas, mas atentarmos também á aplicabilidade das políticas públicas de cunho esportivo, cultural e outras, pois estas são de suma importância para a inclusão social dos jovens” – afirma José Antonio C. Jardim. Nota-se que estas instancias socioculturais por meio do terceiro setor tem desenvolvido no Brasil um papel fundamental nas favelas, suprindo uma carência imensurável em relação às políticas públicas e desde meados do século passado as ações desenvolvidas vêm ganhando notoriedade. Desta forma, de igual forma através do grafiteiro Francês Ramalho, Coord. da Cufa Curitiba, idealizamos uma agenda circulatória na favelas da capital paranaenses. Está idealizada pelo Selo Social Labuta, com objetivo de desenvolver ações coletivas de sustentabilidade, culturais, esportivas e outras, mas que promovam não só á cidadania, mas o desenvolvimento econômico das comunidades.  
Além de que o projeto cultural contribui para a revitalização de espaços pouco valorizados da capital curitibana e as artes viram vitrines para os moradores, transformando a comunidade em galeria de arte a céu aberto.








E-mail: contato.cufaparana@gmail.com

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