quarta-feira, 18 de março de 2020

NOTA PÚBLICA DA CUFA, COVID19 NAS FAVELAS

NOTA PÚBLICA DA CUFA SOBRE MEDIDAS PARA ENFRENTAMENTO DO COVID19 NAS FAVELAS.

Considerando a enorme desigualdade social brasileira, a alta taxa de desemprego e a crescente informalidade do trabalho à qual estão expostas muitas famílias;
Considerando que a crise gerada por essa pandemia irá somar-se a uma situação já delicada, que causará um enorme impacto econômico e social, principalmente para as populações que sempre tiveram seus direitos de cidadania vilipendiados;
Vimos, por meio desse documento, propor medidas para reduzir os impactos da pandemia de Covid19 nos territórios das favelas brasileiras:
Sabemos que são necessários bem mais ações e que este conjunto de medidas visa alcançar um público que ficou fora das medidas formais adotadas até aqui. Em particular, os que se encontram economicamente fragilizados e habitantes em territórios de desigualdade. Os números, que nos ajudam a focalizar estas medidas, são: 77 milhões de pessoas estão no cadastro único; 66 milhões de pessoas de renda muito baixa (menos de ½ SM per capita); 41 milhões no bolsa família; 11 milhões com renda não muito superior a ½ SM.
Diante do exposto, sugerimos as seguintes propostas e deixaremos no ar, durante uma semana, para colhermos sugestões de todos para compor este documento, que será levado até os poderes públicos executivos e legislativos responsáveis pelas decisões políticas do país:
a- Distribuição gratuita de água, sabão, álcool 70º em gel e água sanitária em quantidade suficiente para cada morador das favelas brasileiras.
b- Organização em mutirões do Sistema S e das Centrais de abastecimento para a distribuição de alimentos durante os meses de março, abril, maio e junho, meses em que são esperadas muitas pessoas infectadas pelo novo Coronavírus. Essa distribuição de alimentos, principalmente para as famílias que tenham crianças, idosos ou pessoas com maior risco de contraírem a Covid19, é uma medida humanitária urgente: tanto para manter a alimentação para as crianças que não estarão frequentando a escola, quanto para manter a integridade imunológica das pessoas mais suscetíveis ao vírus.
c- Aluguel de pousadas ou hotéis para idosos e grupos vulneráveis com estrutura para repouso; nas favelas, na maioria dos lares, não há possibilidade de isolamento, o que compromete a saúde de todos.
d- Parceria com agências locadoras de veículos ou com operadores de transportes de passageiros (vans e ônibus) para a locomoção imediata de pessoas infectadas para centros de saúde, quando houver indicação médica.
e- Instituição do Programa de Renda mínima para as famílias já inscritas no Cadastro Único e adicional de renda para os cadastrados no Bolsa Família. Aumento do apoio financeiro para famílias já inseridas no programa de tarifas sociais.
f- Decreto apoiando economicamente as micro e pequenas empresas que tenham autorizado seus funcionários a permanecerem em casa (sem desconto no pagamento).
g- Apoio às empresas de água, luz e gás que isentarem o consumidor do pagamento durante 60 dias, para famílias com renda de até 4 salários mínimos.
h- Incentivo para que a população compre dos pequenos comerciantes, mais frágeis frente aos problemas econômicos advindos da pandemia.
i- Liberação de pontos de internet junto às empresas de fibra ótica para garantir acesso universal à rede. Isso é primordial para a comunicação de medidas de prevenção e cuidados para a população.
j- Financiamento para as redes de comunicação próprias de cada favela: rádios comunitárias, sites, jornais impressos ou virtuais, TVs.
k- Apoio financeiro específico para as famílias das crianças que estarão impedidas de frequentar as creches.
l- Apoio financeiro específico para famílias com pessoas portadoras de deficiência.
m - Criar uma rede de comunicação com apoio técnico do Ministério da Saúde para filtrar e fazer verificações, em tempo real, das informações compartilhadas em redes sociais para as favelas.
n - Ampliação das equipes de saúde da família para prevenir e informar as favelas, para que se evite lotação nos hospitais.
Essas medidas, além de humanitárias e eticamente defensáveis, visam preservar o Sistema Único de Saúde (SUS) de um colapso frente ao contingente projetado de pessoas infectadas. Um colapso do SUS não interessa a ninguém, pois o Sistema Único de Saúde brasileiro é um patrimônio de toda a nossa sociedade.
Sem deixarmos de mencionar que a redução da demanda comercial, necessariamente, provocará um impacto econômico relativamente perverso. Esse impacto econômico não é trivial, que levará a uma desaceleração da economia como um todo. Causando um problema maior, principalmente, para a população das favelas.
Coordenação Geral:
Celso Athayde celsoathayde1@fholding.com.br
Estado: São Paulo
Responsável: Geovana Borges
Telefone: (11) 95958-2933
Estado: Rio de Janeiro
Responsável: Nega Gizza
Telefone: (21) 96474-0328
Estado: Bahia
Responsável: Marcio Lima dos Santos
Telefone: (71) 99901-2524
Estado: Rio Grande do Sul
Responsável: Manoel dos Santos Soares
Telefone: (51) 98125-1667
Estado: Goiás
Responsável: Breno Rodrigues Lemos Cardoso
Telefone: (62) 98171-0050
Estado: Sergipe
Responsável: Veronica Souza de Paiva
Telefone: (79) 99680-5793
Estado: Minas Gerais
Responsável: Marciele Procópio
Telefone: (31) 98848-4593
Estado: Paraná
Responsável: Jose Antonio Campos Jardim
Telefone: (41) 99204-6623
Estado: Ceará
Responsável: Preto Zezé
Telefone: (85) 98844-8614
Estado: Maranhão
Responsável: Charles Adaga
Telefone: (98) 988309-8994
Estado: Pernambuco
Responsável: Altamiza Melo
Telefone: (81) 98819-6990
Estado: Distrito Federal
Responsável: Bruno Silveira Kesseler
Telefone: (61) 98601-5960
Estado: Mato Grosso
Responsável: Anderson Marques Zanovello
Telefone: (66) 99974-9559
Estado: Rondônia
Responsável: Hebert Novaes da Costa
Telefone: (69) 99275-1955

segunda-feira, 16 de março de 2020

Nota de Esclarecimento: Taça Das Favelas Paraná


Organizada pela AEC – Central Única das Favelas do Paraná, a Taça é o maior torneio de futebol de campo entre favelas do mundo!  A competição visa contribuir para a promoção da inclusão social através do esporte, influenciando positivamente a realidade de crianças e jovens paranaenses. Uma oportunidade de promover a integração das comunidades, a ressignificação do território e o fortalecimento da autoestima da juventude das favelas.
E, por meio desta nota, vêm a público informar que, devido às solicitações dos governos estaduais e municipais, por conta da pandemia do vírus Covid-19 que assola toda a população mundial, vamos adiar as peneiras, que previamente estávamos organizando  para as favelas participantes e, aconteceriam, em Curitiba, o congresso técnico que aconteceria e também o início dos jogos da competição.
Queremos informar que, ao mesmo tempo que recebemos a solicitação de adiamento da peneira, também é do nosso interesse evitar a proliferação do vírus, assim como temos certeza que patrocinadores, parceiros, atletas, lideranças de favelas, técnicos, torcedores, jornalistas e de todos que, de alguma maneira, se envolvem com o nosso projeto compartilham desta nossa decisão.
Taça Das Favelas – Paraná – é um sucesso e a cada ano cresce.
A Taça das Favelas Paraná, teve início em 2017, reunindo representantes de 32 favelas, é uma verdadeira festa de confraternização e celebração do espírito esportivo. Nos anos posteriores o torneio envolveu indiretamente dezenas de jovens de 14 a 17 anos, com seleções masculinas e femininas. Além de proporcionar oportunidades aos jovens talentos das favelas paranaenses para que possam ir em busca do sonho de se possível tornarem jogadores profissionais, a Taça das Favelas tem como objetivo maior proporcionar novas experiências desportivas, culturais, entre outras, a estes jovens.
Acreditamos que a conscientização é essencial também fora do campo de jogo, e dessa forma, pensando além das quatro linhas, que a AEC - Central Única das Favelas do Paraná, oferece workshops e palestras durante o torneio, visando para além do esporte proporcionar aos participantes integração social e cidadania.
Mas a saúde destes jovens e meninas, assim como de toda a população de favela, estarão sempre em primeiro lugar. Confiamos que a situação se normalizará em breve, e assim, voltaremos com todas as atividades do maior campeonato de futebol entre favelas do mundo, normalmente.
UM GOL PARA TODA A VIDA!


sexta-feira, 13 de março de 2020

Taça das Favelas – A quem interessar possa


A Direção Nacional da Central Única das Favelas (CUFA) e o Comitê Organizador da Taça das Favelas Brasil vêm a público informar que, devido às solicitações dos governos estaduais e municipais, por conta da pandemia do vírus Covid-19 que assola toda a população mundial, vamos adiar as peneiras nas favelas participantes da Taça, que aconteceriam em todo o Brasil, neste final de semana dos dias 14 e 15 de março, e também o início dos jogos da competição.
Queremos informar que, ao mesmo tempo que recebemos a solicitação de adiamento da peneira, também é do nosso interesse evitar a proliferação do vírus, assim como temos certeza que patrocinadores, parceiros, atletas, lideranças de favelas, técnicos, torcedores, jornalistas e de todos que, de alguma maneira, se envolvem com o nosso projeto compartilham desta nossa decisão.
Tínhamos a expectativa de reunir, em média, 50 mil jovens por estado, totalizando 600 mil pessoas nos 12 estados brasileiros que estão organizando a Taça das Favelas em 2020, no que chamamos de “A Maior Peneira do Mundo”. Mas a saúde destes jovens e meninas, assim como de toda a população de favela, estarão sempre em primeiro lugar.
Confiamos que a situação se normalizará em breve, e assim, voltaremos com todas as atividades do maior campeonato de futebol entre favelas do mundo, normalmente.
CUFA – CENTRAL ÚNICA DAS FAVELAS
Rua Francisco Batista, 01 – Madureira Rio de Janeiro - RJ / CEP: 21351-000 Telefones: (21) 2489-7927 / 2452-3597 www.cufa.org.br
Maiores Informações Coordenações Estaduais da Taça das Favelas:
Coordenação Geral:
Celso Athayde celsoathayde1@fholding.com.br
Estado: São Paulo Responsável: Geovana Borges Telefone: (11) 95958-2933
Estado: Rio de Janeiro Responsável: Nega Gizza Telefone: (21) 96474-0328
Estado: Bahia
Responsável: Marcio Lima dos Santos Telefone: (71) 99901-2524
Estado: Rio Grande do Sul
Responsável: Manoel dos Santos Soares Telefone: (51) 98125-1667
Estado: Goiás
Responsável: Breno Rodrigues Lemos Cardoso Telefone: (62) 98171-0050
Estado: Sergipe
Responsável: Veronica Souza de Paiva Telefone: (79) 99680-5793
www.tacadasfavelas.com.br
Estado: Minas Gerais
Responsável: Marciele Procopio Telefone: (31) 98848-4593
Estado: Paraná
Responsável: Jose Antônio Campos Jardim Telefone: (41) 99204-6623
Estado: Ceará Responsável: Preto Zezé Telefone: (85) 98844-8614
Estado: Maranhão Responsável: Charles Adaga Telefone: (98) 988309-8994
Estado: Pernambuco Responsável: Altamiza Melo Telefone: (81) 98819-6990
Estado: Distrito Federal Responsável: Bruno Silveira Kesseler Telefone: (61) 98601-5960
Estado: Mato Grosso
Responsável: Anderson Marques Zanovello Telefone: (66) 99974-9559
CUFA – CENTRAL ÚNICA DAS FAVELAS
Rua Francisco Batista, 01 – Madureira Rio de Janeiro - RJ / CEP: 21351-000 Telefones: (21) 2489-7927 / 2452-3597 www.cufa.org.br


segunda-feira, 9 de março de 2020

Vai começar a Taça das Favelas 2020.

Terceira edição, à Taça das Favelas Paraná, tem início após as peneiras, que aconteceria em maio. Porém, vem através deste comunicar a suspensão das atividades e assim que normalizar retomasse o projeto, pois entendemos seu valor aos jovens favelados, mas também entendemos e primando a saúde dos envolvidos, no projeto, bem como as comunidades e todos os envolvidos indiretamente pela iniciativa. Para isso, ouve na Superintendência do Esporte do Paraná, em Curitiba uma breve reunião de esclarecimento do atual momento, no sábado dia 07/03. A reunião foi coordenada (virtual) pelo Presidente da AEC Wanderley, o coordenador (psicologo), da AEC - Central Única das Favelas no Paraná, o Zé da Cufa, o (Coord. de Esporte da Taça) Leandro, (pedagogo), Nilton Gonzaga e Francês, pelo chefe de gabinete da Superintendência, Narciso Doro, e pelo assessor técnico do Esporte, Ney Santos. A competição tem o apoio do Governo Estadual do Paraná. 
O torneio que foi sucesso em 2019, e muito aguardados pelo jovens paranaenses chega à sua IIIª edição. No ano passado, 78 favelas de Curitiba e região, participaram da competição, entre elas Paranaguá, que ao logo de todo processo só 20 seleções seguiram, sagrando-se campeões Paloma (Feminino) e Butiatumirim (Masculino), que teve a final realizada no Couto Pereira, para um público aproximado de 5 mil pessoas. No entanto, sabendo do grande público alcançado nos anos anteriores é tomado está decisão, seguindo as medidas preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde, Secretaria Estadual e Municipal, contra o avanço do Covid-19. 
Além disso, entre as novidades, apresentadas o campeonato a nível nacional firmou parceria com a La-Liga, o campeonato nacional da Espanha. Os melhores jogadores da edição nacional, o Brasileirão das Favelas, serão levados a Espanha para conhecer os times e os atletas. Enfim, a Taça é uma competição que visa contribuir diretamente para a promoção da inclusão social através do esporte, influenciando positivamente a realidade de crianças e jovens. E, neste momento entendemos a necessidade de unir forças pelo bem comum de toda nossa sociedade brasileira. É, uma oportunidade de promover a integração das comunidades, a ressignificação do território e o fortalecimento da autoestima da juventude das favelas, mas também momento de falarmos de saúde e prevenção. O evento tem o apoio pelo segundo ano consecutivo da Superintendência do Esporte do Paraná, Governo do Estado. É, organizada pela AEC – Central Única das Favelas, a Taça das Favelas é o maior torneio de futebol de campo entre favelas do mundo!








quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Bagui eh doido


VERSOS & PROSAS – FAVELA | Por José A. Jardim, 27 Dez. 2019
Ao entregar meu cartão a uma pessoa: ... Ah! Você eh psicologoooo?
Nada contra perguntam e a pessoa; loira, rica e branca, até por não convivo com ela pra dizer quem és e se eh racista ou não .... mas, contra sua forma de expressão ao saber que sou psicologo, um ar de espanto. ... Você eh psicólogoooo? No momento viu que exagerou e tentou criar um clima ... mas, com direito a extensão vocal - psicóclogooo não há remendo que resolva tal comportamento. Pois, ser psicólogo na concepção dela eh algo restrito para uma só classe social, sobretudo, estamos eh longe dá ruptura do julgo aos estereótipos.
Expando, este que ao viés histórico é explicável.  Se estabelece na sociedade brasileira e define uma só classe social dominante. E, ao longo dos anos fixa também seus mecanismos de controle aos espaços de formação acadêmica. ... e este, tende a controlar os que adentram e saem, principalmente os que forjem dos padrões estabelecidos pela sociedade burguesa; no entanto, no embate camuflam-se em meio as situações cotidianas restringindo suas ideias e discursos ao cunho de que foi brincadeira, me espantei só isso, entre outros.
Enfim, eh preciso considerar que o racismo é uma questão que se mantém também ativo nas restrições dos espaços ocupados pelos negros, pardos e as mulheres, e sob as supostas brincadeiras e comparações ao autodefinir alguns como casta "superior" – redefinindo outros como inferior, eh crime. E, pegando um gancho na psicologia, o racismo existe e ele mata todos os dias e não só fisicamente, mas, psicologicamente e deixando cicatrizes profundas.
No entanto, para além da individualidade, conquistas do outro e das vontades ou opiniões, as castas caucasianas fixam nos espaços o poder simbólico, mecanismo este de pertencimento e controle. Limitando e tornando o acesso extremamente difícil aos espaços ao negro e as mulheres. E, ao estabelecer limites para quem adentra aos espaços sob o viés do controle simbólico tentam redefinir constantemente o perfil dos ocupantes e não só através da hierarquização da supremacia caucásia, mas, também quem fará parte do espaço em questão.
E, apesar da representatividade da cultura afro-brasileira estar presente e viva em cada canto do país, os registros de casos de racismo e restrições de espaços seguem em ascensão — hoje é possível identificar esses sujeitos e os setores conservadores, a exemplo, os jogos de futebol, na politica e nas grande empresas. Estabelecem quem são os que devem participar dos melhores espaços e em qual espaço vão adentrar.
Contudo, muitas questões e desafios sobre o tema merecem atenção, pois, em um país com 54% da população negra ... um pai negro tendo que provar que uma família negra não consegue alugar uma casa, em razão de preconceito, ou que o negro não consegue emprego – psicólogo, advogado, dentista, entre outros profissionais, em razão do racismo, bem como a falta de execução da legislação e andamento das ações na justiça penal, pois, os atos acontecem todos os dias – mas, não é todos os dias que os criminosos vão presos e permanecem presos. De fato, estamos eh regredindo. ..?
 #nãoaoracismo  #vidanegraimporta  #racismoecrime 
______________________________________________________________________________
Os textos, entrevistas, entre outros são de autoria de colaboradores ou dos colunistas da Coluna Versos & Prosas. Sobretudo, não representa ideias ou opiniões do veículo em questão, mas, a liberdade de expressão. No entanto, a Coluna Versos & Prosas oferece um espaço para as vozes, em especial a favela, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

As Favelas!


VERSOS & PROSAS – FAVELA | Por José A. Jardim, 04 Nov. 2019

Em meio às ruas de buracos, íngremes e estreitas, coberta por nuvens de poeiras, formada por barracos de alvenarias ou por restos de madeiras, em meio às fábricas abandonadas e botecos amontoados.
Reconhecida por uns e desconhecida por outros, odiada por uns e amada por outros, porém é um espaço diferenciado que gera sentimentos isolados.
Em meio aos becos e vielas, lá estão elas, entre elas encontra-se várias histórias, que por si cada uma constroem a grande história, anônimos, sim, mas para aqueles que não veem as favelas.